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Nelson
Sou um apaixonado por estes seres, costumo ate dizer,que são os meus bebes...Mas a paixão comecou por causa do meu pai,quando eu era mais novo levou-me a uma exposicão de pássaros e foi ai que conheci os Glosters de tantos pássaros que estavam lá eu só tive olhos para eles...O meu Pai nessa altura comprou uns passarinhos outros um amigo nosso que se chama Celso nos ofereceu e foi assim que comecei a criar...Em 2001 desisti por motivos pessoais mas a paixão e tanta que depois de 9 anos sem criar tive de voltar...e aqui estou eu comecei o ano passado e estou super contente,com os meus bebes...Espero que gostem do blog...
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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

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Megabacteriose

Normalmente chamada de Megabacteria, mais por sua de dimensão física, já que é visível em sua forma de bastões a partir de aumento de 100 vezes, do que por sua patogeneidade, a Macrorhabdus ornithogaster, está cada vez mais presente na avicultura de gaiola. É capaz de causar uma reação inflamatória na mucosa gástrica logo abaixo da camada do ventrículo. Essa megabactéria foi descoberta nos Estados Unidos, na década de 80, vindo a ser, no ano de 2005, classificada, identificada e tipificada como um fungo.
Suspeita-se que possa fazer parte da flora gastrointestinal normal dos pássaros, manifestando-se a doença nos imunossuprimidos.

Imagem microscópica de lâmina corada pelo método de Gram

Típica da estrutiocultura (criação de avestruzes) sua manifestação clínica é caracterizada por emagrecimento progressivo, prostração, perda do apetite, caquexia e morte. Na manifestação crônica, os pássaros podem sobreviver por meses, apresentando, inclusive, períodos de aparente melhora. Nas criações domésticas de canários, periquitos e outros pássaros, especialmente em planteis endo e/ou ectoparasitados temos encontrado sua manifestação mais aguda, com significativa mortandade.

No quadro clínico agudo a comida é regurgitada levando a uma visível sujeira no bico. Alguns pássaros comportam-se estirando o pescoço, abrindo e fechando o bico repetidamente, como se estivessem beliscando o ar. Pode ser detectada a presença de sangue ou de alimentos não digeridos nas fezes. Há relatos de pássaros que apresentaram sinais nervosos.
A morte ocorre por paralisia gástrica.

O diagnóstico veterinário deve ser confirmado por exame de fezes, ou, com muito mais confiabilidade, por esfregaços (imprints), a partir do lado interno do ventrículo, em pássaros necropsiados. Também pode ser efetuado o exame dos raspados do conteúdo intestinal. A avaliação microscópica das paredes internas do ventrículo e pro-ventrículo permite a observação de ulcerações.

Imagem microscópica da parede interna do ventrículo


A contaminação dá-se principalmente pelo contato com fezes e utensílios. Pássaros tratados e curados são predispostos a novas infestações. É transmitida dos pais para os filhotes. Viagens e torneios são oportunidades para a contaminação. A introdução de pássaros portadores nos planteis tem sido apontada como a principal causa de megabacteriose.

Devido à sua natureza fúngica, praticamente não há resposta a antibioticoterapia.

A Vetafarm australiana, produz um medicamento chamado Megabac-S à base de anfotericina B (2%) específico para a doença.

Alguns criadores têm obtido bons rezultados com a Nistatina e com o Cetoconazol.
A acidificação da água de bebida é coadjuvante do tratamento, pois a M. Ornithogaster somente se desenvolve em meio alcalino.


RESULTADO DE BIÓPSIA EM PASSARO ACOMETIDO DE MEGABACTERIOSE

MICROSCOPIA
Coração: dentro dos limites da normalidade.
Pulmão: dentro dos limites da normalidade.
Fígado: discreta degeneração vacuolar difusa.
Baço: depleção linfóide moderada associada a intensa histiocitose.
Pâncreas: dentro dos limites da normalidade.
Rim: dentro dos limites da normalidade. Parcialmente autolisado.
Intestino delgado: criptas não preservadas, enterócitos de revestimento descamados e em autólise, congestão da lâmina própria e aumento moderado de infiltrado plasmocitário. Presença de discreta quantidade de estruturas compatíveis com megabactéria associada a pequenos focos de estruturas compatíveis com cocos. Moderada enterite plasmocítica (bacteriana e fúngica).
Proventrículo: severa quantidade de estruturas compatíveis com megabactéria ulcerando mucosa, associadas a intenso infiltrado inflamatório predominantemente heterofílico. Pequenos focos de estruturas compatíveis com cocos. Proventriculite ulcerativa fúngica severa.
Ventrículo: severa quantidade de estruturas compatíveis com megabactéria ulcerando cápsula e mucosa do órgão, associadas a intenso infiltrado inflamatório predominantemente heterofílico. Ventriculite ulcerativa fúngica severa.

COMENTÁRIOS
Os achados microscópicos são compatíveis com um quadro severo de megabacteriose em proventrículo e ventrículte.. A megabacteriose é causada por uma levedura denominada Macrorhabdus ornithogaster, que coloniza proventrículo e ventrículo. A megabactéria coloniza as porções inferiores do proventrículo e glândulas superficiais, causando uma hipersecreção das glândulas mucosas e espessamento da parede do ventrículo, associada a pequenas hemorragias. O microrganismo é anaeróbico facultativo e cresce bem em Agar sangue. Na maioria dos casos, trata-se de uma infecção oportunista que acomete principalmente animais imunossuprimidos. O tratamento e prevenção consistem da acidificação da água de beber, fornecimento de alimentos com alta digestibilidade, suporte nutricional com vitaminas e terapia com anfotericina B ou nistatina.

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